Está marcado para o dia 17 de agosto o depoimento do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
A convocação do militar já havia sido aprovada pelo colegiado na última semana, atendendo a um requerimento do deputado Elias Vaz (PSB-GO).
O parlamentar solicitava explicações de Braga Netto sobre a nota com tom ameaçador assinada por ele e pelos comandantes das três Forças Armadas contra a CPI do Genocídio.
A oitiva do ministro, no entanto, ganhou mais um ingrediente. Nesta quinta-feira (22), o Estadão revelou que Braga Netto mandou recado com ameaça golpista ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em que teria dito que, sem voto impresso, não haverá eleição em 2022.
A oposição, então, se articula para cobrar explicações do ministro sobre o tema em seu depoimento no dia 17 de agosto.
"Já está marcada para o dia 17 de agosto a ida do ministro da Defesa à Câmara. Foi aprovado requerimento que apresentei e Braga Netto terá que explicar, não só a nós, deputados, mas aos brasileiros as ameaças que vem fazendo à democracia", afirmou, pelas redes sociais, o deputado Elias Vaz, autor do requerimento.
Outras ações contra Braga Netto
Apesar da suposta ameaça às eleições ter sido incluída na pauta do depoimento de Braga Netto marcado para 17 de agosto, isso não impede que outros pedidos de convocação sejam aprovados.
Após vir à tona a notícia sobre a suposta tentativa do ministro de colocar as eleições em xeque, parlamentares de diferentes partidos apresentaram novos pedidos de convocação, além de ações no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Confira todas as ações encampadas por políticos contra o general aqui.