O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo anda triste. De acordo com a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, um dos mais leais representantes do núcleo duro olavista do governo tem desabafado com amigos que se sente abandonado pelo governo.
Ele diz ainda que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca telefonou para ele desde que o demitiu.
Araújo está de malas prontas para os Estados Unidos, onde vai acompanhar sua esposa, a diplomata Maria Eduarda Seixas Corrêa. Ele disse também que, aos poucos, sente a “ficha caindo” sobre Bolsonaro.
Licença-prêmio por assiduidade
Assim que deixou o ministério, em março deste ano, Ernesto Araújo ganhou uma “licença-prêmio por assiduidade” do Ministério de Relações Exteriores e só retornaria ao trabalho em 90 dias. O salário dele foi mantido durante esse tempo. A portaria foi publicada no Diário Oficial no dia 24 de maio e vale a partir de 2 de junho.
Ao deixar o cargo de ministro e ser substituído por Carlos França, Araújo foi contemplado com um cargo administrativo dentro do Ministério de Relações Exteriores. Contudo, segundo reportagem de Jamil Chade, no UOL, a presença do ex-chanceler no Itamaraty era alvo de desconforto. Ele deveria voltar a trabalhar em agosto, mas foi para os EUA.