O vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse nesta quinta-feira (22) que o Congresso está riscando uma linha no chão para definir os limites que o presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar participa de entrevista no Jornal da Fórum.
"Não posso exigir do presidente Arthur Lira a mesma postura que eu. Ele é mais alinhado com o governo, a reponsabilidade dele é maior e ele tem mais informações dos Poderes do que eu. É natural que seja mais prudente. Agora, acho muito simbólico que, ao tempo que o presidente diz que 'se não tiver voto impresso, não vai ter eleição', o presidente Arthur Lira publique que vai ter eleição com voto direto, secreto e universal", declarou em entrevista à jornalistas Cynara Menezes e ao jornalista Renato Rovai.
"A gente tem que valorizar isso. O Congresso Nacional, tanto o presidente Arthur Lira quanto o presidente Rodrigo Pacheco, riscou uma linha no chão: 'presidente, não passe daqui'. O Congresso está começando a demarcar essa linha", completou.
O parlamentar destacou que até o momento apenas o Supremo Tribunal Federal (STF) tentou estabelecer esses limites. "O Supremo foi o bastião da defesa da democracia. Se eles não tivessem instaurado o inquérito de fake news e aqueles marginais não tivessem sido presos, ele já tinham invadido o Supremo. O Supremo estabeleceu um limite ali. Agora, Câmara e Senado começam a fazer isso", afirmou.
Durante a entrevista, Ramos comentou sobre os ataques que o presidente disparou contra ele. "O presidente me chamou pra briga quando saiu do hospital e, ao mesmo tempo, as milícias digitais dele, esses marginais, invadiram, me atacaram de uma forma avassaladora. Divulgaram até foto da minha mãe. Eles estão acostumado às pessoas se acuarem com isso. Comigo eles podem vir quentes, vão ter que aguentar", comentou.
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