Francisco Maximiano: Quem é o sócio administrador da Precisa, que não poderá ficar calado para todas as perguntas?

Maximiano irá depor no lugar do reverendo Amílton Gomes após Emanuela Medrades, que retoma sua oitiva à CPI nesta quarta

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Francisco Maximiano,  sócio administrador da Precisa, teve seu depoimento adiantado na CPI da Pandemia da Covid-19, para esta quarta-feira, 14, graças ao impedimento do reverendo Amílton Gomes por motivos de saúde. Após a polêmica envolvendo o silêncio total de Emanuela Medrades, a diretora técnica da Precisa também retorna hoje para responder as perguntas.

Assim como Medrades, Francisco tem envolvimento direto com Bharat Biotech, fabricante da vacina indiana Covaxin, por ser um dos intermediários do negócio superfaturado com o governo Bolsonaro na aquisição de 20 milhões de doses por 1,6 bilhão de reais, fazendo desta a compra de vacina mais cara já feita pelo Brasil no combate à pandemia do coronavírus. O que colocou a Precisa Medicamentos como um dos alvos prioritários da CPI.

O governo nega as irregularidades e afirma que o contrato, assinado em fevereiro, foi cancelado. Mas deixa de fora o fato de que o cancelamento só ocorreu quatro meses depois, por conta da denúncia de corrupção feita pelos irmãos Miranda à CPI.

Emanuela Medrades e Francisco Maximiano com direitos limitados de ficarem em silêncio

Medrades foi protagonista de um dia de polêmicas na última sessão da CPI por não responder nenhuma das perguntas dos senadores. Ela obteve no Supremo o direito de não produzir prova contra si.

Entendendo que a medida não lhe dava o direito de não responder a nenhuma das questões, a CPI recorreu ao STF, que por meio de seu presidente, Luiz Fux, estabeleceu que cabe à CPI decidir sobre medidas contra depoente que abusa do direito ao silêncio. A comissão retomou a sessão, mas foi novamente suspensa após Emanuela afirmar que estava “exausta”.

Seu depoimento será retomado hoje às 9 horas com a promessa de que irá responder a todas as perguntas dos senadores. Exceção feita as questões que possam levá-la a uma autoincriminação.  

O mesmo vale para o dono da Precisa, Francisco Maximiano. Fux já estendeu os mesmos limites ao direito de o empresário ficar calado na CPI da Pandemia. Direito conquistado no começo do mês por decisão da ministra Rosa Weber.

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