Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos, é a personagem de terça-feira, dia 13, na CPI da Pandemia da Covid-19. Ela foi a representante oficial da Bharat Biotech, fabricante da vacina indiana Covaxin, cuja negociação com a Precisa virou alvo da CPI por ter sido contratada pelo governo federal, mesmo com o preço mais caro entre as candidatas e sem qualquer aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na época.
Ela pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que garanta o direito de não comparecer à CPI. Seu pedido foi negado pelo Presidente do Supremo Luiz Fux, mas foi concedido o direito de permanecer em silêncio.
Depoimento dos Irmãos Miranda
Após o depoimento dos irmãos Miranda, o ministério da saúde suspendeu o contrato para a compra do imunizante por conta das denúncias de irregularidades levadas para a CPI por meio do deputado federal Luis Miranda, que disse também ter levado as informações até o presidente Jair Bolsonaro.
Por conta disso, a Precisa Medicamentos passou a ser apontada como a empresa responsável por realizar a ponte entre o governo federal e o laboratório que produz a vacina Covaxin na Índia e os senadores tentam esclarecer os detalhes da negociação e se houve algum crime de corrupção por parte do Ministério da Saúde.
A CPI também já autorizou a quebra dos sigilos telefônico e telemático da diretora.
O sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, também foi convocado à CPI, e teve o direito de permanecer em silêncio concedido pela ministra do STF Rosa Weber. Após a decisão, os senadores optaram pela não convocação de Maximiano.