De acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (12), 62% dos brasileiros adultos são contra a participação de militares da ativa em manifestações políticas e em cargos no governo federal. Para eles, fardados não devem ir a esse tipo de ato, como fez o general da ativa Eduardo Pazuello no dia 23 de maio no Rio de Janeiro, quando subiu em palanque com o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
Já 39% consideram a atitude aceitável, e 4% não souberam opinar. Segundo o Estatuto dos Militares, lei de 1980, e o regulamento disciplinar do Exército, de 2002, é vedado a fardados do serviço ativo qualquer tipo de manifestação política ou reivindicatória.
Os que declaram voto em Bolsonaro para a reeleição em 2022 são as que mais apoiam a ilegalidade: nos dois cenários de pleito simulados pelo Datafolha, os índices de aprovação à ideia são de 56% e 57%,
Já os que querem a volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto são mais contrários: 71% e 72% acham que a lei deve ser cumprida. Nos dois cenários, o presidente tem 25% das intenções de voto e o petista, 46%.
No público em geral, os jovens (46%) e aqueles que ganham de 5 a 10 salários mínimos (41%) são mais entusiastas dos fardados em atos políticos.
De acordo com o Datafolha, 58% dos entrevistados dizem que militares não deveriam trabalhar em funções da administração pública. O número era de 54% em maio e de 52%, em maio de 2020.
Já aqueles que aprovam militares na administração passaram de 43% em 2020 para 41% no ano passado, chegando agora a 38% dos ouvidos. Não souberam opinar 4% (5% nas duas rodadas anteriores da pergunta).
Criticam a prática 76% e 75% dos eleitores de Lula, a depender da simulação de cédula eleitoral. Já 78% e 77% dos que votam em Bolsonaro a apoiam.?