A Justiça Eleitoral da 2ª Zona Eleitoral de Curitiba determinou o arquivamento do Inquérito Policial instaurado contra o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR). A medida foi tomada por falta de elementos mínimos que provassem qualquer ligação do parlamentar com o recebimento de doações ilegais, durante as campanhas de 2010 e 2014.
Inicialmente, o inquérito tramitou no Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do termo de colaboração entre o Ministério Público Federal (MPF) e Fernando Luiz Ayres Cunha, ex-presidente da Odebrecht Ambiental.
Ele havia acusado inúmeros políticos de terem recebido doações ilegais da empresa durante as campanhas eleitorais, incluindo o deputado Zeca Dirceu.
Porém, o STF, mesmo sem encontrar indícios de qualquer crime por parte do parlamentar, decidiu enviar o processo para a Justiça Eleitoral.
As alegações nunca foram provadas. Depois de investigações detalhadas, feitas pela Polícia Federal (PF), a conclusão é que não houve crime e que não existem elementos para a conduta criminosa.
O MP reconheceu, ainda, a inexistência de indícios mínimos que confirmassem a versão do ex-presidente da Odebrecht Ambiental.
Ausência de materialidade
Dessa forma, a Justiça Eleitoral reconheceu que após “inúmeras diligências realizadas pela autoridade policial na tentativa de descobrir a verdade dos fatos” e que por “ausência de materialidade”, como constam na decisão, foi determinado o arquivamento do inquérito.
Zeca Dirceu recebeu a notícia com a sensação de que a justiça foi feita. “Desde 2005, o Ministério Público e a Polícia Federal já reviraram a minha vida do avesso em várias investigações. Fico feliz em ver que mais uma vez nem provas ou sequer indícios foram encontrados ao meu respeito”, declarou.