Senadores insistem em prisão de Dominguetti; Aziz nega

"O senhor apresentou uma prova aqui fora de contexto e editada", disse o presidente da CPI

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O presidente da CPI do Genocídio, Omar Aziz (PSD-AM) negou o reiterado pedido de prisão feito por senadores contra o empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply. Dominguetti divulgou um áudio editado e fora de contexto contra o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). e tem gerado suspeitas de ser um “cavalo de Troia” usado pelo Planalto para atrapalhar a comissão.

"Eu tenho tido paciência e já me pediram várias vezes para lhe prender aqui. Várias pessoas. Eu vou lhe fazer algumas perguntas para saber se Vossa Excelência reflete. Eu não tenho nenhuma intenção de prendê-lo, não irei lhe prender porque imagino sua família vendo esse momento, mas o senhor confia muito nesse cidadão que lhe passou esse áudio?", afirmou Aziz.

"O senhor apresentou uma prova aqui fora de contexto e editada. Isso por si só já era motivo para lhe prender", completou.

O senador Alessandro Vieira foi um dos que pediu a detenção do depoente. "Presidente, eu não afasto a possibilidade de guerra de gangues no Ministério da Saúde. No momento mais grave do país, as pessoas estavam negociando. O senhor [Dominguetti] se prestou a um desserviço à nação. No final desse procedimento todo, eu peço que a comissão avalie a possibilidade de prisão em flagrante por falso testemunho", disse.

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) também defendeu a medida. “Senhor presidente, com todo o respeito, essa testemunha foi plantada aqui. Ela está em estado flagrancial do artigo 342. Tem que dar voz de prisão a este depoente. Ouça o áudio, ele fala em Walmart, em pequenos contratos, esse senhor nunca fez contrato algum com o ministério da Saúde”, declarou.

https://www.youtube.com/watch?v=74T0Z0AwvC8