PF indicia líder do governo Bolsonaro no Senado por corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica

Em relatório encaminhado ao STF, a Polícia Federal pede o bloqueio de bens de R$ 20 milhões na conta de Fernando Bezerra (MDB-PE)

Bolsonaro e Fernando Bezerra - Foto: ReproduçãoCréditos: Reprodução / Divulgação redes sociais
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A Polícia Federal (PF) concluiu inquérito que identificou que o líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), recebeu propina de R$ 10 milhões quando foi ministro da Integração Nacional durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), de acordo com reportagem de O Globo.

A PF solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o senador seja indiciado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsidade ideológica eleitoral.

Em relatório encaminhado ao STF, a PF pediu o bloqueio de bens de R$ 20 milhões na conta do senador. O documento indiciou, ainda, o filho do líder do governo, o deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE), também por ter recebido propinas.

“Restou demonstrado que Fernando Bezerra de Souza Coelho e Fernando Bezerra de Souza Coelho Filho receberam direta e indiretamente R$ 10.443.900,00 pagos pelas empreiteiras OAS, Barbosa Mello e Constremac/Mendes Junior entre os anos de 2012 a 2014. Ocorre que tais vantagens são indevidas eis que realizadas em contrapartida à execução de obras atreladas ao Ministério da Integração Nacional, à época em que o primeiro estava à frente do órgão”, diz trecho do relatório.

A PF quer que o material seja encaminhado à Procuradoria-Geral da Eleitoral (PGE), pois há a suspeita que o senador tenha cometido, ainda, “abuso do poder econômico”, comprando apoio político em Pernambuco em 2012 e 2014.

Defesa nega

“A defesa do senador Fernando Bezerra Coelho esclarece que o relatório final do inquérito 4513 não passa de opinião isolada do seu subscritor, que, inclusive, se arvora em atribuições que sequer lhe pertencem, sem qualquer força jurídica vinculante. Essa investigação, nascida da palavra falsa de um criminoso confesso, é mais uma tentativa de criminalização da política, como tantas outras hoje escancaradas e devidamente arquivadas", dizem os advogados de Bezerra, André Callegari e Ariel Weber.