Otto Alencar diz que "desculpa esfarrapada" de Bolsonaro não vai colar

"Ele disse recentemente que não tinha corrupção nos ministérios. E ontem disse que não dá para fiscalizar e saber o que acontecia em todos os ministérios", afirmou Alencar, ressaltando que Bolsonaro "muda de opinião como muda de camisa"

Otto Alencar (Foto: Pedro França/Agência Senado)
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Membro da CPI do Genocídio, que ganhou destaque por seu posicionamento médico, o senador Otto Alencar (DEM-DF) criticou o que classificou como "desculpa esfarrapada" a mudança de discurso de Jair Bolsonaro (Sem partido) em relação à supostos esquemas de corrupção no governo.

"Essa posição dele, essa desculpa esfarrapada na minha opinião, não vai colar, absolutamente", disse Alencar em entrevista ao Uol nesta terça-feira (29).

Segundo o senador, Bolsonaro muda de opinião como "muda de camisa". "Presidente diz uma coisa, depois não confirma e ele muda de opinião. Muda de opinião como muda de camisa. Ele disse recentemente que não tinha corrupção nos ministérios. E ontem disse que não dá para fiscalizar e saber o que acontecia em todos os ministérios. Isso já vem de forma recorrente", afirmou.

Alencar afirmou que não houve vontade de Bolsonaro em investigar as denúncias feitas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão dele, o servidor Luís Cláudio Miranda, que trabalha no setor de importação de vacinas do Ministério da Saúde.

"Ele deveria ter registrado isso no Ministério da Saúde, ou então acionar o CGU, tantos órgãos de fiscalização que estão à vontade do presidente da República, assim como a PF", disse.

CPI
Nesta terça-feira (29), o deputado estadual do Amazonas Fausto Vieira dos Santos Junior (PRTB) será ouvido na reunião da CPI do Genocídio.

Junior foi relator da CPI da Saúde realizada pela Assembleia Legislativa do estado em 2020. O requerimento de convocação é de autoria de Marcos Rogério (DEM-RO) e foi aprovado em 16 de junho. 

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