Apontado pelo próprio presidente como "assessor" junto ao grupo de médicos pró-cloroquina, o deputado Osmar Terra (MDB-RS) afirmou que o chamado gabinete paralelo é uma "ficção" e que apenas expressa sua opinião a Jair Bolsonaro (Sem partido) quando consultado.
O deputado disse que o vídeo divulgado sobre um encontro de Bolsonaro com o grupo de médicos em setembro trata-se de uma "reunião pública".
"Transformar isso num gabinete secreto, que vaza vídeos, é um absurdo. Eu posso dizer que não existe esse gabinete, é uma ficção", disse Osmar Terra, após apontar que "no atacado nós podemos ter muito mais convergências", sobre a relação com Bolsonaro.
O deputado ainda rechaçou o fato de ser o "assessor" de Bolsonaro junto ao grupo e que Bolsonaro não é "teleguiado" e tem "bom senso" para tomar as próprias decisões.
"O presidente me botou ao lado dele porque quis. Eu estava sentado junto com o pessoal ali. E as opiniões que estão ali são opiniões pessoais. O presidente julga as coisas do jeito que quer, por isso é Presidente da República. Ele não é teleguiado por ninguém. Ele aceita uma informação se ele acha que está certo. Ele tem bom senso para fazer isso", afirmou.
Imunidade de rebanho
Antes, o deputado insinuou que houve “imunidade de rebanho” entre o primeiro pico da pandemia no Amazonas, em abril de 2020, e a chegada de segunda cepa – a P1 -, em dezembro.
Mostrando gráfico, Terra mentiu ao dizer que as aulas não foram suspensas no estado e que a população ficou imunizada até a chegada da segunda cepa, no final de 2020.
“As escolas ficaram fechadas, não diga isso”, disse o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), desmentindo o deputado. “As pessoas que comemoraram o fim do lockdown em Manaus em dezembro são cúmplices de assassinato”, emendou Aziz.