O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) comentou durante depoimento à CPI do Genocídio nesta terça-feira (22) sobre um áudio em que ele e o ministro Onyx Lorenzoni (DEM) comentavam sobre a atuação do então ministro Henrique Mandetta (DEM) na Saúde. Terra afirmou que não trabalhou para derrubar o titular da pasta, apenas tentou "realinhá-lo" com o presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, o ministro deveria seguir o que o presidente achava correto.
"Eu sempre achei que o mais importante não era trocar o ministro, era manter o ministro e ganhar o ministro... Quer dizer, discutir com o ministro as ideias que tivessem de acordo com o que o presidente achava, que é quem manda, quem tem a responsabilidade de conduzir. Se der errado, o culpado sempre vai ser o presidente", disse Terra ao ser questionado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
"O ministro teria que se adaptar. Nunca falei em demitir o ministro", completou. Terra é apontado como um dos integrantes do gabinete paralelo que deu orientações anticientíficas ao mandatário.
O depoimento de Terra reforça que o presidente Jair Bolsonaro foi o principal responsável pela decisão dos rumos trágicos da política de saúde adotada em seu governo.
"O senhor prestou uma grande contribuição à essa comissão e ao Brasil quando esclarece para todos nós que o presidente da República, se informando pelos meios que escolha, é o único responsável pelas decisões que toma. O senhor disse inúmeras vezes que o senhor manifesta opiniões e o presidente faz o que quer", declarou.
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