PM que tentou prender dirigente petista por "caluniar o presidente" tem foto com Bolsonaro

Identificado como tenente Albuquerque, o PM de Trindade, em Goiás, tentou prender o professor Arquidones Bites, secretário de movimentos sociais do PT, por um adesivo onde estava escrito: Bolsonaro Genocida

Arquidones Bites com dirigentes do PT e o tenente Albuquerque com Bolsonaro (Montagem)
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Identificado como tenente Albuquerque, o policial Militar que tentou prender o professor de História Arquidones Bites com base na Lei de Segurança Nacional na cidade de Trindade, em Goiás, nesta segunda-feira (31) ostenta uma foto sorridente ao lado de Jair Bolsonaro.

A foto foi publicada pelo perfil @DaysePirralha em comentário de um tuite do deputado estadual Rubens Otoni (PT-GO). "Olha a quem o Fascista serve", escreveu.

https://twitter.com/DaysePirralha/status/1399538805670096898

Bites é secretário estadual de movimentos sociais do PT de Goiás e colocou um adesivo escrito “Fora Bolsonaro genocida” em seu carro. O PM o autuou e tentou prendê-lo por “caluniar ou difamar o Presidente da República”.

A presidenta estadual do PT de Goiás, Kátia Maria, disse à Fórum que o professor foi levado para a Delegacia de Trindade, que se recusou a registrar ocorrência por não entender a situação como crime. Com isso, os policiais decidiram levá-lo à sede da Polícia Federal em Goiânia.

Às 21h50, Kátia Maria, publicou dois vídeos em seu Twitter registrando a saída do dirigente petista da sede da Polícia Federal. Um grupo foi à sede da PF protestar contra a prisão. Eles gritavam “Bolsonaro genocida” e “Fora Bolsonaro”. Arquidones, Kátia Maria e os advogados tiraram foto com uma faixa do SINTSEP-GO com a mesma frase.

Mesmo assim, o PM resistiu na liberação e pretendia retornar com o dirigente à delegacia de Trindade para registrar suposto desacato, mas isso acabou não acontecendo e ele foi liberado ainda em Goiânia.