O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) anunciou nesta quinta-feira (6) que vai pedir a convocação do "responsável pela Abin", a Agência Brasileira de Inteligência, para explicar a declaração de Jair Bolsonaro (Sem partido) de que há uma "guerra química" que foi desencadeada pela China com a pandemia do coronavírus.
"Eu gostaria de colocar que ontem o Presidente da República fez uma das declarações mais graves e sérias que já ouvi, de que a pandemia, o coronavírus, poderia fazer parte de uma guerra química provinda da sua origem, evindetemente ele não falou o nome, da China", disse Jereissatti logo na abertura dos trabalhos da comissão, que toma o depoimento do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O senador tucano afirmou que caso Bolsonaro esteja mentindo, se trata de "injúria ou calúnia" contra a China e um "boicote intencional" à compra de vacinas.
"Isso é muito grave, pois se estamos vivendo uma guerra química é uma das piores situações desde a Segunda Guerra Mundial. Se não, estamos fazendo uma injúria ou uma calúnia ao nosso maior fornecedor de vacinas neste momento. Eu gostaria de fazer o requerimento verbal agora, mas vou fazer por escrito, para que convidássemos o responsável da Abin para explicar essa questão de guerra química, se existe ou não existe. Se não existe, é um verdadeiro boicote intecional à compra de vacinas ou envio de vacinas da China", afirmou Tasso.