BTG Pactual, fundado por Guedes, compra Empiricus, que propagou "fim do Brasil" com Dilma Rousseff

Em outubro de 2018, um dos fundadores da Empiricus, Felipe Miranda, se mostrou eufórico com a eleição de Bolsonaro e disse que "há ditaduras em que os mercados se comportam muito bem”

Ministro da Economia, Paulo Guedes, faz arminha com as mãos durante evento. (Foto: Reprodução)
Escrito en POLÍTICA el

Fundado pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes, em 1983 e ainda com fortes ligações com o "posto Ipiranga" de Jair Bolsonaro, o banco BTG Pactual anunciou na manhã desta segunda-feira a compra do Grupo Universa, que controla, entre outras as empresas Empiricus e Vitreo, além de sites como Money Times, Seu Dinheiro e Real Valor.

O valor do negócio é de 690 milhões de reais, dos quais 440 milhões de reais em dinheiro à vista e 250 milhões de reais em units do banco.

Fundada em 2009, a gestora de investimentos Empiricus ganhou fama propagando uma teoria do "fim do Brasil" durante a campanha para reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2013.

Um de seus fundadores, que seguirá à frente da empresa mesmo com a venda, Felipe Miranda, se mostrou eufórico com a eleição de Bolsonaro em 2018 e disse que "há ditaduras em que os mercados se comportam muito bem”.

“Eu, pessoa física, não tenho dúvidas de que a democracia é melhor. Mas há ditaduras, como a da China, em que os mercados financeiros se comportam muito bem”, disse Miranda em outubro de 2018, ressaltando que “não há uma relação histórica entre democracia e crescimento econômico, que se traduz em lucro para empresas e alta das ações”.

Ex-sócio da empresa, Marcos Eduardo Elias foi preso um mês antes nos EUA acusado de participar de um esquema que roubou US$ 750 mil de um banco em Nova York.