As declarações de Jair Bolsonaro (Sem partido) no dia 5 de maio, insinuando que a pandemia seria parte de uma guerra química imposta pela China, atrasou o fornecimento de insumos, parou por cerca de um mês a produção de vacinas e fez com que o Instituto Butantan atrasasse a entrega de 7 milhões de doses da CoronaVac para o plano nacional de imunização.
A informação foi confirmada pelo diretor do Butantan, Dimas Covas Neto, durante depoimento à CPI do Genocídio nesta quinta-feira (27) em resposta a uma indagação do senador Humberto Costa (PT-PE).
"Nós tínhamos o compromisso de entregar 12 milhões de doses em maio e entregamos 5 milhões. A produção foi retomada com a chegada da nova matéria prima e vamos entregar 6 milhões de doses a partir do dia 12 de junho. Então, houve de fato 7 milhões de doses que poderiam ter sido entregues em maio, de acordo com o cronograma inicial", disse Covas Neto.