A deputada federal Tabata Amaral comemorou em suas redes sociais, nesta quarta-feira (26), o direito concedido a ela pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira, de deixar o PDT por justa causa, sem perder o mandato. Tabata e mais sete deputados foram afastados da legenda após votarem a favor da Reforma da Previdência.
Para a deputada, que ainda não anunciou para que partido pretende ir, a decisão do TSE “é uma demonstração de que o caminho da boa política compensa, e que não vamos mais tolerar que a política seja pautada por interesses pessoais, embates de ódio e machismo”.
Seis dos sete ministros da corte, incluindo o relator do processo, ministro Sérgio Silveira Banhos, votaram pela procedência do pedido de desfiliação. Só o ministro Edson Fachin se manifestou contra o pleito.
A deputada alegou em sua defesa que o movimento Acredito, do qual é cofundadora e apoia a mudança na Previdência, havia assinado carta-compromisso com o PDT em 2018 na qual o partido se comprometia a resguardar "as autonomias política e de funcionamento" da entidade, bem como "a identidade do movimento e de seus representantes".
Tabata, que foi leita para seu primeiro mandato em 2018, também foi aluna da escola de formação de líderes RenovaBR.
Veja abaixo a nota da deputada na íntegra:
Passados quase 2 anos desde que entrei com a ação de desfiliação do PDT, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconheceu hoje o meu direito de sair do partido por justa causa, sem perder o mandato. Partidos democráticos, inclusivos e transparentes são fundamentais para o aprofundamento da nossa democracia e estou feliz por saber que agora, em outro partido, poderei contribuir para essa construção.
Sou imensamente grata a todos que me apoiaram ao longo desses dois anos e possibilitaram que a minha luta por um Brasil justo, desenvolvido e ético pudesse continuar com toda a força, apesar das ofensas e perseguições que enfrentei.
Essa decisão do TSE me enche de esperança, pois para mim, é uma demonstração de que o caminho da boa política compensa, e que não vamos mais tolerar que a política seja pautada por interesses pessoais, embates de ódio e machismo. A política que defendi lá atrás, e continuarei defendendo com afinco, é uma de construção a partir do diálogo, focada no combate às desigualdades, com base em evidências e sem a venda da consciência. Mais uma vez, meu muito obrigado. Seguimos juntos.