Ao contrário da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, que elogiou o encontro entre Lula e Fernando Henrique Cardoso, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, criticou a reunião, usando uma justificativa apenas eleitoral, de acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
“Esse encontro ajuda a derrotar Bolsonaro, mas não faz bem a um potencial candidato do PSDB. Nossa característica é saber dialogar, inclusive com adversários políticos. De toda forma, precisamos evitar sinais trocados a nossos eleitores. O partido segue firme na construção de uma candidatura distante dos extremos que se estabeleceram na democracia brasileira", afirmou o tucano, em nota.
Em contrapartida, Gleisi havia celebrado a reunião entre os dois ex-presidentes. Ela usou as redes sociais para dizer que o encontro mostra que “o Brasil quer voltar a debater o futuro pela política”.
O PSDB tem pelo, por enquanto, quatro pré-candidatos à presidência em 2022: o governador de São Paulo, João Doria; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; o senador Tasso Jereissati, do Ceará; e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.
“Campo neutro”
Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula se reuniram em “campo neutro”: no apartamento do ex-ministro do STF e ex-ministro da Justiça e da Defesa, Nelson Jobim.
Após o encontro, o tucano e o petista começaram a trocar afagos pela imprensa. FHC afirmou, em entrevista a Pedro Bial, na Rede Globo, que votará em Lula em 2022 para derrotar Jair Bolsonaro.
Lula retribuiu e disse que faria o mesmo. “Fico feliz que ele tenha dito que votaria em mim e eu faria o mesmo se fosse o contrário. Ele [FHC] sempre foi um intelectual e sabe que não dá para inventar uma candidatura”, escreveu, em suas redes sociais.?