O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, acusou o senador e ex-jogador de futebol, Romário (Podemos), de ter recebido, do MDB, R$ 3,5 milhões para apoiar a candidatura de Luiz Fernando Pezão, no segundo turno das eleições para governador do Rio em 2014.
A denúncia contra Romário, à época no PSB, foi feita em acordo de delação premiada de Cabral com a Polícia Federal (PF), de acordo com reportagem de Maria Mazzei, Leandro Resende e Iuri Corsini, na CNN Brasil.
Conforme afirmações do ex-governador, o acordo teria sido fechado, inicialmente, em R$ 5 milhões, além da promessa de que Romário indicaria o presidente da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec).
Do valor inicial, Romário teria recebido R$ 3,5 milhões e o pagamento teria sido viabilizado por Hudson Braga, à época subsecretário estadual de Obras. Braga e Cabral foram presos em 2016.
Ainda segundo depoimento do ex-governador, Pezão, depois de eleito, não teria cumprido o acordo de nomear uma pessoa indicada por Romário para a Faetec-RJ. Com isso, o senador teria ficado “chateado em virtude do não cumprimento integral do acordo financeiro e de não ter sido nomeada a pessoa de sua confiança para a Faetec”, afirma Cabral.
“Difamação”
O ex-jogador Romário, por meio de nota de sua assessoria de imprensa, disse: “Essas delações têm servido amplamente para difamar adversários políticos para conseguir benefícios judiciais, sem que nada tenha sido provado”.
O senador destacou, também, que não há qualquer investigação contra ele e disse que “Cabral é um mentiroso”.
“Desde 2017, essas acusações, essas insinuações vêm sendo ventiladas e repercutidas pela imprensa, mas absolutamente nada foi provado. O que mostra um claro intuito de macular a minha imagem com fins eleitorais. O objetivo sempre foi o de tirar o meu foco, eu sou candidato à reeleição no Senado e nenhum safado, corrupto e ladrão como o Cabral vai me tirar desse objetivo”, acrescentou.