O deputado federal Glauber Braga (PSOL) fez um discurso emocionado na Câmara dos Deputados, já na madrugada desta quinta-feira (20), logo após a votação que aprovou a MP da privatização da Eletrobras, onde chamou deputados de genocidas e afirmou que: “não são dois, três, quatro, cinco, dez ou cem canalhas que vão nos parar”.
O presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), determinou que fosse retirada “por completo a fala do deputado Glauber Braga da taquigrafia”.
“O senhor tira por completo, mas a história não vai retirar”, respondeu Braga.
“Hoje, vocês venceram essa batalha. Mas a gente não vai parar. Não vamos parar. Um dia, a poesia se arrebenta e aí as pedras vão cantar. E eu termino então com as palavras de Marighela que disse um dia que ‘é preciso não ter medo, é preciso ter a coragem de dizer’”, afirmou Braga.
“A Câmara dos deputados”, prosseguiu, “hoje tenta deixar o Brasil de joelhos. Mas esse tipo de ataque vil, baixo que os senhores operaram, não vai prevalecer. Fora Bolsonaro e fora todos os cúmplices genocidas de plantão que dão sustentação a esse governo criminoso. O Brasil não vai aceitar que esse tipo de ação seja um fato consumado sem reação contundente”.
Ao final, Braga conclamou trabalhadores e estudantes para manifestação contra as privatizações: “Trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras, dia 29 tem a chamada de uma grande mobilização pras ruas. Trabalhadores dos Correios, estudantes que fizeram uma grande mobilização no Rio de Janeiro contra o fechamento da UFRJ, não são dois, três, quatro, cinco, dez ou cem canalhas que vão nos parar. Viva a luta do povo brasileiro contra os genocidas de plantão”, encerrou.