O deputado federal Delegado Eder Mauro (PSD-PA), que ameaçou deputadas de esquerda na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na última semana, voltou a criar polêmicas com parlamentares mulheres nesta quinta-feira (20).
A deputada federal Fernanda Melchinna (PSOL-RS), que já havia sido alvo do parlamentar na CCJ, cobrou a utilização de máscara por parte do bolsonarista e, após ele começar a gritar, lembrou das ameaças feitas por ele.
"Eu não tinha feito a formalização aqui no plenário, mas esse cidadão nos ameaçou na CCJ, depois de se autodefender como assassino. E todos sabem que ele já foi investigado como torturador. Foi ele que falou, não fui eu. E aí ele disse que esperava que nós não acordássemos. Eu não tinha trazido isso ao conhecimento do Plenário, eu estava debatendo só a máscara. Mas, como o Deputado gosta de gritar e já começou a gritar comigo, eu quero trazer esse tema à consideração do Plenário", afirmou a parlamentar.
Em resposta, Mauro disse que a deputada “estava chata pra porra” e reclamou de ser classificado como "fascista, torturador, assassino". "O choro das Deputadas da Esquerda... Eu não tenho nada contra as mulheres, já disse que sou casado com uma mulher — e uma mulher, não uma barata. E sou filho de uma mãe, e não de uma chocadeira. Portanto, não tenho medo de nenhuma de V.Exas., Sras. Deputadas", disse.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deu uma leve repreendida em Mauro.
A discussão aconteceu durante a votação da MP da privatização da Eletrobras.
Com informações do Congresso Em Foco e das Notas Taquigráficas da Câmara