Enquanto Eduardo Pazuello tentava blindar Jair Bolsonaro (Sem partido) e os filhos do presidente na CPI do Genocídio, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, apontava mais uma mentira do ex-ministro da Saúde, desta vez sobre a compra da CoronaVac, vacina contra a Covid produzida pelo centro de pesquisas brasileiro em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Durante a CPI, Pazuello afirmou que "nunca o presidente me mandou desfazer qualquer contrato", em relação à ordem dada por Bolsonaro em 21 de outubro, mandando cancelar o o protocolo de intenções de compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, anunciado no dia anterior pelo então ministro em uma reunião com governadores.
Segundo Covas, o contrato para compra do imunizante levou mais de seis meses para ser assinado.
"Nós tivemos dificuldade na assinatura do contrato. Esse contrato foi assinado no dia 7 de janeiro deste ano, sendo que a primeira proposta foi em julho do ano passado. Então, é só fazer as contas e nós temos aí um pouco mais de seis meses, um contrato que não foi assinado, embora tenha sido proposto no meio do ano passado", afirmou durante entrevista coletiva ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que ironizou a memória seletiva de Pazuello na CPI.
"Que tome fosfozol, para melhorar um pouquinho a sua memória. Aparentemente ele está com deficiência de memória", disse o tucano.
Um dia depois de Bolsonaro mandar cancelar o protocolo de compra da CoronaVac, Pazuello apareceu em live ao lado do presidente e disse uma das frases que marcou sua passagem pelo governo: "simples assim: um manda e o outro obedece".