Além de Ramos, outros dois ministros militares tomaram vacina escondido

Na terça-feira, o chefe da Casa Civil revelou que foi imunizado às escondidas "para não criar caso"

Luiz Eduardo Ramos e Walter Braga Netto | Foto: Anderson Riedel/PR
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Os ministros general Walter Braga Netto, da Defesa, e almirante Bento Albuquerque, de Minas e Energia, seguiram os passos do general Luiz Eduardo Ramos, chefe da Casa Civil, e tomaram vacina contra a Covid-19 "escondidos".

Segundo reportagem dos jornalistas Daniel Gullino e Dimitrius Dantas, de O Globo, as assessorias de comunicação dos ministros confirmou que eles foram imunizados contra a doença. Antes do episódio em que Ramos revelou ter sido vacinado escondido, nenhum dos dois havia se manifestado sobre isso.

Durante reunião do Conselho de Saúde Suplementar, Ramos disse o seguinte: “Tomei escondido, né, porque a orientação era para não criar caso, mas vazou. Eu não tenho vergonha, não. Tomei e vou ser sincero. Como qualquer ser humano, eu quero viver, pô. E se a ciência está dizendo que é a vacina, como eu posso me contrapor?”. Ele não sabia que estava sendo filmado.

"Eu estou envolvido pessoalmente tentando convencer o nosso presidente [a tomar a vacina], independente de todos os posicionamentos. Nós não podemos perder o presidente por um vírus desse. A vida dele, no momento, corre risco – ele tem 65 anos”, disse ainda.

Em razão da baixa repercussão da notícia de mais dois ministros vacinados às escondidas, o colunista Reinaldo Azevedo reclamou nas redes sociais neste sábado (1º): "Mais dois milicos tomaram vacina escondidos: general Braga Netto (Defesa) e almirante Beto Albuquerque (Minas e Energia). Na versão mítica, militares correm riscos para salvar o povo. No Brasil, milicos se salvam e deixam o povo entregue a Bolsonaro. Por mim, não passam".

https://twitter.com/reinaldoazevedo/status/1388327840626708486?s=1002