O presidente da CPI do Genocídio, Omaz Aziz (PSD-AM), afirmou nesta terça-feira (27) que o ex-ministro Henrique Mandetta será o primeiro convocado da comissão que investiga as ações e omissões do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19. Mandetta foi demitido em abril de 2020 após divergências com o presidente.
O plano de trabalho da comissão ainda não foi aprovado, mas houve um acordo para que Mandetta seja ouvido já na próxima terça-feira (4). Os demais ex-titulares da Saúde na pandemia, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, e o atual ministro, Marcelo Queiroga, também devem ser ouvidos. A oposição queria que Queiroga fosse o primeiro convocado, mas um acordo fez com que fosse seguida a ordem cronológica.
Também estão nos planos do relator ouvir o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo e o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres,.
Calheiros já elaborou uma lista com mais de 10 solicitações de informações para o início dos trabalhos da CPI. Entre os temas a serem investigados, estão os processos administrativos relacionados à aquisição de vacinas e insumos, assim como todas as ações do governo federal relacionadas a medicamentos que não têm eficácia contra a doença.
“Há responsáveis, há culpados, por ação, omissão, desídia ou incompetência e eles serão responsabilizados. Essa será a resposta para nos reconectarmos com o planeta. Os crimes contra humanidade não prescrevem jamais e são transnacionais”, disse o relator.
“O país tem o direito de saber quem contribuiu para as milhares de mortes, e eles devem ser punidos imediata e emblematicamente”, acrescentou.
Com informações da Agência Brasil, do Metrópoles e do Estadão