Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, nesta quinta-feira (1º), o ex-presidente Lula fez diversas críticas ao presidente Jair Bolsonaro em relação a sua gestão da pandemia do coronavírus. O petista disse que o país vive um "genocídio" e pediu para Bolsonaro "fechar a boca" em relação à crise sanitária.
"Nós estamos vivendo um genocídio. Não um genocídio de Estado, como foi o genocídio contra os negros, contra os indígenas. É um genocídio praticado pela irresponsabilidade de um único homem, que brinca com uma doença, que zomba da doença, que inventa remédio", afirmou o ex-presidente.
Lula disse ainda que torce para que o novo ministro da Saúde, o médico cardiologista Marcelo Queiroga, atenda as demandas dos governadores e prefeitos.
Na sequência, o ex-presidente mandou um recado para Bolsonaro: "quando é que você vai assumir a responsabilidade de parar de brincar e governar esse país? Pelo amor de Deus, assuma o conselho da ciência para cuidar do coronavírus".
"Fecha a boca, Bolsonaro. Não adianta ficar falando bobagem, deixa o médico falar por você", completou o petista.
Em outro momento da entrevista, Lula também pediu para o mandatário “deixar de ser ignorante” e fez campanha pelo retorno do auxílio emergencial no valor de R$ 600.
“Eu espero que Bolsonaro esteja assistindo o nosso programa, para Bolsonaro saber que não tem jeito esse país se não tiver um salário emergencial de R$ 600 até terminar essa pandemia, e que essa pandemia só vai terminar quando tiver vacina para todo mundo”, afirmou o ex-presidente.