Vereador Dr. Jairinho já foi acusado de envolvimento com milícia do Rio

Padrasto de Henry Borel e seu pai, deputado Coronel Jairo, foram citados em investigação sobre sessão de tortura contra equipe de reportagem do jornal O Dia

Dr. Jairinho - Foto: Reprodução/Facebook
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O vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), investigado pela morte do enteado Henry, de 4 anos, já foi acusado de envolvimento com uma milícia do Rio de Janeiro. A informação é de Lauro Jardim, do O Globo.

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Em 2008, uma equipe de reportagem do jornal O Dia foi torturada por milicianos na Favela do Batan, na Zona Oeste carioca. Naquela época, o pai de Jairinho e deputado estadual Coronel Jairo, ex-policial militar e ex-preso pela Lava Jato, foi acusado de ser um dos políticos envolvido com os criminosos.

No texto “Minha Dor Não Sai no Jornal”, escrito para a revista piauí em 2011, o fotógrafo Nilton Claudino — um dos dois jornalistas agredidos por sete horas — relata a presença de Jairinho na sessão de tortura.

“A repórter reconheceu a voz de um vereador, filho de um deputado estadual. E ele a reconheceu. Recomeçou a porradaria. Esse político me batia muito. Perguntava o que eu tinha ido fazer na Zona Oeste. Questionava se eu não amava meus filhos", escreveu.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro chegou a investigar o deputado. O inquérito policial, contudo, não foi o suficiente para indiciá-lo. Dr. Jairinho não foi investigado.