Anunciada nesta segunda-feira (29) como a nova ministra-chefe da Secretaria de Governo, a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) estreou na política como vice-governadora do Distrito Federal, em 2014, na chapa de Jofran Frejat. Isso aconteceu após a Justiça Eleitoral indeferir a candidatura a governador de seu marido, José Roberto Arruda (PL), preso por corrupção no chamado Mensalão do DEM.
Arruda foi governador do DF de 2007 a 2010. Contudo, ele foi preso e afastado do cargo após o Ministério Público denunciá-lo por formação de quadrilha e corrupção de testemunha. As investigações apontaram um suposto esquema de corrupção que consistia em desvio de dinheiro para o pagamento de propina a políticos.
Ele chegou a ser gravado recebendo maços de dinheiro do então presidente da Companhia de Desenvolvimento do Planalto, Durval Barbosa. Enquanto governador, Arruda deixou o DEM para não ser expulso da legenda. Contudo, acabou cassado pela Justiça Eleitoral por infidelidade partidária.
A nomeação de Flávia Arruda ocorre na esteira de outras mudanças, não só no primeiro escalão, no governo Bolsonaro. A escolha pela parlamentar segue o movimento do presidente para tentar consolidar o aumento da participação do centrão em seu governo.
Flávia é próxima de Arthur Lira (PP-AL). Após a eleição do deputado para a presidência da Câmara, líderes partidários fizeram acordo para que a parlamentar fosse eleita como presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), o que aconteceu sem dificuldades.
A nomeação de Flávia, portanto, deve facilitar a interlocução entre o governo Bolsonaro e a Câmara dos Deputados.