O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª vara federal do DF, o mesmo que, em 2017, mandou suspender as atividades do instituto Lula, será o responsável pelo processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) onde ele é acusado de receber vantagens indevidas da empreiteira Odebrecht para a construção do próprio instituto.
Na época, Lula era investigado por tentativa de obstrução de justiça no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão de Leite foi considerada polêmica porque, em seu primeiro despacho, ele havia informado erroneamente que a suspensão das atividades teria sido solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF).
O MPF, no entanto, não chegou a fazer esse pedido e sua decisão foi questionada. No dia seguinte, a assessoria de imprensa da Justiça Federal do DF divulgou uma nota admitindo que a decisão teria partido exclusivamente de Leite.
A distribuição da ação para Ricardo Leite ocorreu por conta da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, de ter anulado as condenações contra Lula na Justiça Federal do Paraná. Na ocasião, Fachin remeteu os casos para a Justiça Federal do DF.
Dos quatro processos anulados por Fachin, dois estavam na primeira instância e ainda não haviam sido julgados. Os dois são referentes a eventuais irregularidades relacionadas ao Instituto Lula.
Os outros são os referentes ao triplex do Guarujá e o do sítio em Atibaia.
Com informações do Globo