Ex-porta-voz de Bolsonaro, general Rêgo Barros diz que quartéis devem ficar longe da política

Militar da reserva faz a declaração em meio à crise provocada pela troca do ministro da Defesa e demissão da cúpula das Forças Armadas

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el

Em entrevista à Folha de S. Paulo nesta terça-feira (30), o general da reserva Otávio Rêgo Barros, ex-porta-voz de Jair Bolsonaro, defendeu que as Forças Armadas devem ficar distantes da política. A declaração foi dada no sentido de tentar minimizar a crise causada pela troca do ministro da Defesa e a demissão coletiva dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica - acontecimento sem precedentes na história do país.

Nos bastidores, circula a informação de que a demissão, nesta segunda-feira (29), do então ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, teria sido motivada pelo fato do militar se recusar a colocar as Forças Armadas a serviço de dos interesses políticos de Bolsonaro, e que os comandantes Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica) teriam seguido a posição do ex-titular da pasta.

Notícias relacionadas

"Reforço a importância da independência das FA (Forças Armadas), como instituição de Estado, para a promoção da paz social, bem como para a superação dos desafios de toda ordem aos quais a sociedade é submetida. Que a política permaneça ao largo dos quartéis", disse Rêgo Barros sobre a crise.

O militar, no entanto, ponderou que esteve "afastado de todo esse processo e seria leviano de minha parte aportar opinião".

Mourão

Em entrevista à jornalista Andréia Sadi, do portal G1, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, foi na mesma linha de Rêgo Barros ao comentar a crise militar. Ele rechaçou qualquer possibilidade de "ruptura" com a demissão dos comandantes das Forças Armadas.

"Zero. Pode botar quem quiser, não tem ruptura institucional. As Forças Armadas vão se pautar pela legalidade, sempre", declarou.

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar