Depois de Moro ser considerado parcial, Bretas se declara suspeito em julgar Witzel

A razão alegada pelo juiz é de que ele teria “relação pessoal com uma das partes”, mas não mencionou quem seria

Marcelo Bretas e Sergio Moro - Foto: Reprodução
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Marcelo Bretas, juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, se declarou suspeito para julgar a ação da Operação Placebo. A investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) trata do esquema de corrupção, durante a pandemia do coronavírus, na gestão do governador afastado Wilson Witzel.

A iniciativa de Bretas ocorreu um dia depois que o ex-juiz Sergio Moro foi considerado parcial, pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do caso do triplex do Guarujá, atribuído ao ex-presidente Lula.

A razão alegada por Bretas é de que ele teria “relação pessoal com uma das partes”. Porém, não mencionou quem seria.

"Todavia, por razões de foro íntimo, considerando minha relação pessoal com uma das partes até o ano de 2019, declaro-me suspeito para atuar neste feito e no correlato [...] Assim faço para que não pairem dúvidas acerca da isenção da jurisdição prestada por esta Justiça Federal", escreveu o juiz.

Os réus

Com a desistência de Bretas, o processo será julgado pela juíza Caroline Vieira. Os réus são: Helena Witzel (em liberdade); Lucas Tristão, ex-secretário (preso); os empresários Mário Peixoto (prisão domiciliar); Alessandro de Araújo Duarte (preso); Cassiano Luiz da Silva (preso); Juan Elias Neves de Paula (preso); João Marcos Borges Mattos (solto); e Gothardo Lopes Netto (prisão domiciliar).

Os investigados são acusados de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O único que teve a denúncia do Ministério Público já recebida pela Justiça é Witzel, que responde em liberdade.

Com informações da coluna Radar, na Veja