Lula confirma à CNN Internacional que pode ser candidato em 2022: "Não negarei o convite"

Petista diz que concorrerá se estiver bem de saúde e se seu partido e aliados entenderem que ele deve o fazer; "Minha prioridade máxima agora é salvar esse país", adicionou

Reprodução/CNN Internacional
Escrito en POLÍTICA el

Em entrevista à CNN Internacional, que será exibida nos Estados Unidos nesta quinta-feira (18), o ex-presidente Lula confirmou que pode ser candidato à presidência em 2022. O petista teve seus processos da Lava Jato anulados e recuperou os direitos políticos, o que já vem contribuindo para o aumento de sua popularidade e intenções de voto - a nova Pesquisa Fórum, assim como inúmeros outros levantamentos, mostram que Lula derrotaria Jair Bolsonaro.

"Se, quando chegar o momento de disputar as eleições, o meu partido e os outros partidos aliados entenderem que eu posso ser o candidato, e se eu estiver bem de saúde com a energia que eu tenho hoje, eu não negarei o convite", disse o ex-presidente à jornalista Christiane Amanpour.

Seguindo o que já vem afirmando em entrevistas a veículos de imprensa brasileiros, no entanto, Lula procurou ponderar dizendo que sua prioridade, agora, é ajudar o país a enfrentar a pandemia do coronavírus, que está em seu pior momento.

"Mas eu não quero falar disso. Minha prioridade máxima agora é salvar esse país", adicionou o ex-mandatário.

Assista ao trecho.

https://twitter.com/camanpour/status/1372276364850696193

Pedido a Biden

Apesar de estar longe da presidência há mais de 10 anos, o ex-presidente Lula tem assumido uma postura de chefe de Estado diante da ineficiência do governo Bolsonaro no combate à pandemia do coronavírus. Após a notícia de que o petista atuou diretamente junto ao Fundo Russo de Investimento, ainda no ano passado, para viabilizar a aquisição da vacina Sputnik V ao Brasil, o ex-mandatário agora sugere um diálogo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para discutir a vacinação contra a Covid.

Na mesma entrevista à CNN Internacional, Lula sugeriu que Biden convoque uma reunião do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, para discutir uma distribuição justa de vacinas entre as nações do globo.

“Uma sugestão que gostaria de fazer ao presidente Biden por meio de seu programa é: é muito importante convocar uma reunião do G-20 com urgência. É importante chamar os principais líderes mundiais e colocar em volta da mesa uma só coisa, uma questão: vacina, vacina e vacina”, disse o ex-presidente.

“A responsabilidade dos líderes internacionais é enorme, então estou pedindo ao presidente Biden que faça isso, porque não posso. Não acredito em meu governo [Bolsonaro] . E, também, não poderia pedir isso para Trump , mas Biden é um alento para a democracia no mundo”, completou o petista.