O cardiologista e professor do Instituto do Coração (Incor), José Antonio Franchini Ramires, entrou na lista dos nomes cotados para substituir Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde. O nome dele é defendido pela chamada "ala ideológica" do governo Bolsonaro. A informação é da CNN Brasil.
Ramires foi diretor do Incor e, em 2005, foi afastado do cargo pelo conselho deliberativo do Hospital das Clínicas, acusado de má gestão. Três anos depois, no entanto, foi reintegrado no instituto. Na época, o Ministério Público Estadual chegou a abrir diferentes inquéritos para investigá-lo.
Um dos inquéritos investigou a contratação de uma consultoria acusada de superfaturamento para liberar equipamentos importados. Outro inquérito também apurou que o Incor foi indicado sem licitação para implantar o Programa Saúde da Família em Caraguatatuba (SP) e Ponta Grossa e repassou os valores à VAE (Valorização Empresarial). As informações são do jornal Estado de S.Paulo.
Segundo apurou o diretor da Fórum, Renato Rovai, o médico já fala com colegas como ministro da Saúde. Ele é desafeto do diretor do Incor, Roberto Kalil, e do ex-secretário de Saúde de São Paulo, David Uip.
Ludhmilla Hajjar
Defendida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão, para substituir Eduardo Pazuello, a médica cardiologista Ludhmila Hajjar deve comunicar oficialmente o governo nesta segunda-feira (15) que não aceitará o cargo.
Neste domingo (14), Ludhmila viajou para Brasília propensa a aceitar ser a nova ministra da Saúde, segundo fontes ouvidas pela Fórum. Contrária ao tratamento precoce e defensora das medidas de isolamento para conter a propagação do coronavírus, ela já havia dito a interlocutores que aceitaria o desafio. Mas, após encontro com Jair Bolsonaro teria desistido do convite.