As edições de sábado (27) do jornal New York Times e da revista The Economist abriram espaço para fortes críticas à Operação Lava Jato e ao ex-juiz Sergio Moro. Os veículos, que possuem grande influência na opinião pública mundial, deram destaque às mensagens obtidas pela defesa do ex-presidente Lula através dos dados da Operação Spoofing.
No periódico estadunidense, o diretor-executivo do Observatório Político para a América Latina e o Caribe da Sciences Po (Paris), Gaspar Estrada, voltou a detonar a operação. Ele já havia publicado um artigo classificando a Lava Jato como "o maior escândalo judicial da história do Brasil" no dia 9 de fevereiro.
Desta vez, o pesquisador diz no New York Times que "vai demorar um pouco até que todos os detalhes da operação venham à tona, mas o que sabemos é que, para combater a corrupção, nosso herói, o senhor Moro, usou métodos em flagrante violação do Estado de Direito. Como recompensa, ele recebeu o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública".
"Em vez de erradicar a corrupção, obter maior transparência na política e fortalecer a democracia, a agora notória Operação Lava Jato abriu o caminho para Jair Bolsonaro chegar ao poder após eliminar seu principal rival, Lula, da corrida presidencial. Isso contribuiu para o caos que o Brasil vive hoje", sustenta.
Reportagem do The Economist destaca também que "Moro acabou não sendo imparcial". "Ele condenou Lula por receber um apartamento na praia. Só que Lula não era o dono nem o usava. [...] Com Lula fora da corrida presidencial em 2018, Moro se tornou ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, o vencedor de extrema direita", aponta a matéria.
As críticas contra Moro fizeram com que o New York Times ocupasse os assuntos do momento no Twitter do Brasil.
Com informações de Conjur, Brasil 247 e Folha