Em cerimônia no Palácio do Planalto no início da noite desta quarta-feira (24), quando sancionou a lei que confere autonomia ao Banco Central, Jair Bolsonaro provocou o presidente da Petrobras, o economista Roberto Castello Branco, ao justificar sua decisão de retirá-lo do cargo para colocar o general Joaquim Silva e Luna em seu lugar. O Conselho de Administração da estatal já aprovou assembleia extraordinária para substituir Castello Branco.
Em seu discurso, Bolsonaro negou que tenha interferido na Petrobras e ironizou o atual presidente da empresa, afirmando que ele está "cansado".
"Eu não interferi, minha querida imprensa. O prazo de validade do senhor Castello Branco, que fez uma boa gestão na Petrobras, termina agora dia 20. Simplesmente resolvi substituí-lo. Logicamente, porque é uma pessoa que está bastante cansada, né? Uma certa idade, e com toda a certeza, poderá até ajudar remotamente, a transição do novo presidente da Petrobras", disparou.
Anunciada na última sexta-feira (19), a retirada de Castello Branco da presidência da Petrobras vem em meio à pressão que Bolsonaro vem sofrendo por conta dos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis, que se dá pelo fato da estatal atrelar sua política de preços ao mercado internacional.
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O Conselho de Administração da petrolífera, entretanto, já adiantou que, mesmo com Luna e Silva no comando, manterá a atual política de preços.