Em conversa com apoiadores neste sábado (20), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desfilou uma teoria da conspiração para derrubá-lo com os aumentos da Petrobras, isentando-se da responsabilidade, como costuma fazer. Ele ainda disse que vai “meter o dedo” na energia elétrica.
No vídeo, Bolsonaro diz que Roberto Castello Branco, atual presidente da estatal, mas demitido por ele, tem “Compromisso zero com o Brasil”. Sem dizer quem seriam seus interlocutores quando informou a exoneração do executivo, disse: “Parecia exorcismo quando eu falei que não ia prorrogar por mais dois anos o mandato do cara lá”.
O titular do Planalto criticou a política de preços da Petrobras, que foi adotada no governo de seu antecessor, Michel Temer (MDB), e é aprovada pelo mercado e também por seu ministro da Economia, o ultraliberal Paulo Guedes.
Fingindo que não sabe como funciona, afirmou: “Não justifica 32% de reajuste no diesel no corrente ano. Ninguém esperava essa covardia desse reajuste agora”.
Ele negou que esteja interferindo na Petrobras, embora já tivesse anunciado que as coisas iam mudar na empresa. “Ninguém quer interferir ou está interferindo na Petrobras, mas eles estão abusando”, disse. “Vamos meter o dedo na energia elétrica que é outro problema também”, afirmou.
E veio a exposição de mais uma teoria da conspiração para sua claque: “Assim como diziam que queriam me derrubar na pandemia pela economia fechando tudo, agora resolveram atacar na energia”, declarou. Ele não disse quem eram os que “diziam”, numa explanação a la Jânio Quadros, como forças ocultas.
Veja o vídeo, publicado pelo jornalista Samuel Pancher em seu Twitter.
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