Demitido em janeiro de 2020 após ter usado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em viagem internacional à Índia, Vicente Santini, nomeado recentemente como secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, ganhou mais um posto no governo Bolsonaro.
Santini foi nomeado nesta sexta-feira (19) representante da pasta no Comitê Gestor da preparação do pedido de entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Antes da nomeação na Secretaria-Geral da Presidência, Santini atuava como número 2 do Ministério da Casa Civil. A demissão aconteceu após ele usar um avião da FAB para se deslocar de Davos, na Suíça, onde ocorreu o Fórum Econômico Mundial, para a Índia com apenas duas assessoras. Com Onyx Lorenzoni de férias, Santini ocupava a condição de ministro em exercício.
As relações do presidente com a família Santini remetem a um passado distante, quando o atual presidente conheceu na escola de artilharia do Exército, no final dos anos 70, Nelson Santini Júnior, pai de Vicente. Na época da polêmica, o irmão do novo assessor de Salles, Tenente Santini, era “o candidato de Bolsonaro” à prefeitura de Campinas, mas recuou da candidatura.