Erika Kokay é absolvida e comemora: “nunca fiz manobra pra fugir do processo, como faz Flávio Bolsonaro”

“Se alguém ter que responder por desvio de recursos públicos não sou eu, são os familiares do presidente. O MP não recorreu e o meu processo foi transitado em julgado”, afirmou

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A deputada Erika Kokay (PT-DF) comemorou, em entrevista exclusiva à Fórum, nesta quarta-feira (10), sua absolvição pelo juiz Newton Mendes de Aragão Filho, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), em sentença assinada nesta terça-feira (9), de uma queixa de apropriação indevida de salário de sua ex-assessora Vânia Gomes.

“Foram dez anos respondendo esse processo, mas a Justiça prevaleceu. Eu tinha absoluta convicção da minha inocência e nunca fiz nenhuma manobra pra fugir do processo, como faz o senador Flávio Bolsonaro”, afirmou.

A deputada lembra ainda que foi atacada pelos aliados do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). “Fui chamada de ré, ‘Erica Ré’, hoje fui absolvida e, o que é curioso, eles elegeram para a presidência da Câmara um deputado que é réu em vários processos e dificilmente poderá provar sua inocência”, afirmou se referindo ao deputado Arthur Lira (Progressistas-AL).

“Se alguém ter que responder por desvio de recursos públicos não sou eu, são os familiares do presidente. O MP não recorreu e o processo foi transitado em julgado”, comemora.

A acusação, que corria em segredo de justiça desde 2018, era de que a ex-assessora fez transferências de parte do seu salário para a parlamentar e também para seu o então chefe de gabinete, Alair Vargas, em uma prática conhecida como "rachadinha". O fato teria ocorrido em 2006 e 2007, mas a queixa foi dada apenas 3 anos depois.

A parlamentar foi absolvida por falta de provas. Na sentença, o magistrado afirma que "não é factível que Vânia Gomes, por livre e espontânea vontade, tivesse doado, mensalmente, parte de seu salário a seus superiores hierárquicos".

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