O ator José de Abreu, que é filiado ao PT, usou suas redes sociais, nesta terça-feira (21), para afirmar que apoia uma possível aliança entre Lula (PT) e Geraldo Alckmin (sem partido) nas eleições de 2022.
Apesar de ainda não haver uma definição sobre quem será o candidato a vice de Lula na disputa pela presidência, tanto Alckmin como o próprio ex-presidente têm se mostrado simpáticos à ideia, apesar de existir uma parcela do PT que resiste a essa possível aliança. Ambos estiveram juntos em um jantar organizado pelo Grupo Prerrogativas no último domingo (19), em São Paulo.
José de Abreu, no entanto, faz parte da ala petista que apoia a ideia. O ator, que atualmente está na novela "Um Lugar ao Sol", da Globo, era um crítico contumaz de Alckmin no passado. Ele afirma, contudo, que "engole" a chapa entre Lula e o ex-governador se isso ajudar a eleger Fernando Haddad (PT) como governador de São Paulo e o próprio ex-presidente a governar, caso vença as eleições.
"Eu sempre detonei o Alckimin. INCLUSIVE NA FRENTE DELE NO HOTEL TROPICAL DE MANAUS. Deem um google que vão achar matérias, uma inclusive da Folha. O que digo é que para eleger @Haddad_Fernando governador de SP e ajudar o @LulaOficial a governar, eu engulo sem problema", escreveu José de Abreu.
Dirceu: "Vejo a necessidade de ampliar, sim"
Em entrevista ao jornalista Breno Altman, na TV 247, nesta terça-feira (21) o ex-ministro José Dirceu afirmou que nada está definido em relação ao vice de Lula para as eleições de 2022 que, segundo ele, só deve ser definido em “junho/julho” e dependerá das outras candidaturas.
Dirceu ainda levantou alguns questionamentos sobre o ex-governador paulista, Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB e negocia uma virtual candidatura como vice de Lula.
“O Lula e o PT precisam de uma política mais ampla que a esquerda para derrotar o bolsonarismo e governar o país. É uma realidade. Como ela vai se expressar, se é com uma vice do Alckmin, se é com uma vice de um nome de empresário vai depender de março e abril e, depois junho e julho, como vai evoluir os outros partidos e outras candidaturas”, disse Dirceu, antes de iniciar as indagações a Alckmin.
“E o próprio posicionamento, no caso do que está sendo discutido, do Alckmin. Ele vai se filiar a um partido? Ele vai adotar um programa de governo que será o da federação ou da aliança que vai fazer campanha para o Lula? Do PSB, PCdoB, PSOL. Há muitas interrogantes ainda, mas eu vejo a necessidade de ampliar, sim”, afirmou.