O senador Antonio Anastasia (PSD-MG) foi eleito, nesta terça-feira (14), pelo plenário do Senado, para ocupar uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). Ele foi o relator do golpe de 2016, que retirou Dilma Rousseff (PT) da presidência sem nenhuma justificativa.
Anastasia, escolhido para o TCU no dia do aniversário de Dilma, recebeu 52 votos, contra Kátia Abreu (PP-TO), que teve 19, e Fernando Bezerra (MDB-PE), com 7 votos.
É a primeira vez desde 2008 que a vaga é disputada. Geralmente, a escolha é definida por consenso, depois de acordo entre os parlamentares.
A votação representa uma vitória para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), principal articulador da candidatura de Anastasia, além de colega de partido.
Os senadores Márcio Bittar (PSL-AC), Zequinha Marinho (PSC-PA) e Luiz do Carmo (MDB-GO) não votaram.
Anastasia ingressou na política em 2006, quando concorreu e ganhou a eleição para vice-governador de Minas Gerais, na chapa comandada por Aécio Neves (PSDB).
Com o apoio de Aécio, exerceu o cargo de governador mineiro de 2010 até 2014 e, em seguida, foi eleito para o Senado. Foi filiado ao PSDB de 2005 até 2020, quando trocou de partido e foi para o PSD. Em 2018, tentou retornar ao governo de Minas, mas perdeu no segundo para Romeu Zema (Novo).
Um dos atrativos do cargo é o salário bruto de R$ 37.328,65, além de 60 dias de férias por ano
O TCU responde pela fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, de acordo com a Constituição Federal.
O órgão deve ajudar o Congresso a “apreciar as contas prestadas anualmente pelo presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento”.
Um dos atrativos do cargo, que o faz cobiçado por muitos é o salário bruto de R$ 37.328,65, com direito a 60 dias de férias por ano e a possibilidade de usar um apartamento funcional em Brasília.
Além disso, a remuneração pode aumentar com o acréscimo de auxílios relacionados à saúde e alimentação.
Com informações do Estadão e da CNN-Brasil