Apesar das pressões que tem sofrido para convocar André Mendonça para a sabatina que pode referendá-lo ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) resiste e não convoca.
A situação piorou depois que a revista Veja publicou uma reportagem onde Alcolumbre é acusado por ex-funcionárias de ter praticado "rachadinha".
O parlamentar alega aos pares que está sendo vítima de uma campanha difamatória e persecutória, e por este motivo vai manter o nome de André Mendonça na fritura.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou que não há acordo para destravar a análise da indicação do ex-advogado Geral da União (AGU) e que os presidentes das comissões têm autonomia para definir pauta e agenda.
No entanto, alguns senadores têm afirmado que a fritura imposta ao nome de Mendonça não é correta e que Davi Alcolumbre deve convocá-lo.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE) colheu assinaturas da maioria dos membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) favoráveis à convocação de Mendonça, mas, a tática também surtiu efeito.
Porém, a Comissão presidida por Alcolumbre não é a única com trabalhos e votações travadas. Por conta disso, o presidente do Senado anunciou um mutirão de sabatinas nas Comissões do Senado entre os dias 30 de novembro e 1º e 2 de dezembro.
A base governista acredita que a convocação de Mendonça pode acontecer nesse período. No entanto, não há nenhuma indicação de que Alcolumbre vá convocar Mendonça nas datas estipuladas para o mutirão.