Cerca de mil pessoas fizeram um protesto contra a fome e o desemprego na favela de Heliópolis, considerada a maior de São Paulo, situada na Zona Sul da capital, na noite desta quarta-feira (24).
A iniciativa teve como objetivo chamar a atenção da população para a grave crise provocada pelo governo de Jair Bolsonaro, com desemprego, falta de renda, carestia e fome que afetam milhares de famílias, especialmente nas periferias.
Com panelas vazias, cartazes e velas em referência à alta na conta de luz e em homenagem aos mortos pela Covid-19, os manifestantes da "Marcha da Panela Vazia" protestaram também contra a piora das condições materiais nas periferias do país.
O início de um forte movimento
“A Marcha da Panela Vazia, aqui em Heliópolis, pode ser o início de um forte movimento de indignação e mobilização de denúncia contra o desemprego, a carestia e a fome a partir das periferias”, afirmou Raimundo Bonfim, diretor da Associação Nova Heliópolis, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e integrante da Campanha Fora Bolsonaro.
A Marcha foi organizada por associações de moradores e grupos populares da favela, como a União de Núcleos, Associação dos Moradores de Heliópolis e Região (Unas), Associação dos Moradores de Heliópolis e Ipiranga (Associação Nova Heliópolis), filiadas à Central de Movimentos Populares (CMP), entre outras.