Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo do estado, se reuniu, nesta quarta-feira (17), com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. O petista está mantendo diálogos com forças do campo progressista, visando a formação de alianças à eleição para o executivo paulista em 2022.
“Excelente conversa com o companheiro Lupi, amigo e colega de ministério, sobre o estado de São Paulo. Muitas lutas juntos pelos direitos da juventude e dos trabalhadores. E muitas conquistas também”, postou Haddad.
Lupi retribuiu a gentileza: "Ele fez uma visita de cortesia, fomos ministros juntos durante quatro anos e somos amigos. Ele foi à sede do PDT e o recebi com o carinho e o respeito que um amigo merece", disse à Fórum.
Em entrevista ao UOL, na terça (16), o petista afirmou que, além de PSB e PCdoB, não descarta uma aliança com o partido de Ciro Gomes. O petista falou, também, que espera dialogar com o próprio Ciro a respeito da aliança e que já estava conversando com Lupi.
“Se depender de mim, nós vamos ter uma aliança com PSB, PCdoB, quem sabe PDT. Não há razão nenhuma para o PDT não sentar à mesa de negociações em São Paulo, uma vez que as alternativas apresentadas pelo governo Doria e pelo governo Bolsonaro são muito regressivas”, afirmou Haddad.
Petista diz que não há razão para não conversar com Ciro
Questionado se pretende conversar com o próprio Ciro, o ex-prefeito de São Paulo disse que não sabe se o pedetista vai se envolver nas negociações no estado paulista. “Espero que sim, porque não teria nenhuma razão para não conversar com ele (Ciro)”.
Haddad mencionou exemplos de negociações para alianças em outros estados, como Ceará e Maranhão. No primeiro, segundo ele, PT e PDT estão juntos. No segundo, há negociações entre os dois partidos à sucessão de Flávio Dino. “Por que não conversar também em São Paulo?”, questionou.
“Então, eu tenho falado com o presidente Carlos Lupi, um colega de ministério, fomos ministros juntos e temos uma relação absolutamente cordial. Estamos sentando à mesa para ver como viabilizar essa possibilidade. Agora, se não der no primeiro turno, a gente vai estar junto no segundo”, defendeu o petista.