O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, vai colocar em pauta até o fim do ano a ação em que o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PROS-AL) é acusado de receber R$ 30 milhões em propina de uma subsidiária da Petrobras.
Fux pretende iniciar o julgamento para evitar a prescrição do processo como desdobramento da Lava Jato.
Em 2015, uma operação baseada nas investigações apreendeu uma Ferrari, uma Lamborghini, um Land Rover e um Bentley na famosa casa da Dinda, que pertence a Collor.
Os carros foram devolvidos ao senador em fevereiro de 2016. Collor se comprometeu a guardar os veículos sob a condição de fiel depositário.
Na época da apreensão, a Ferrari e a Lamborghini acumulavam dívidas de IPVA que somavam aproximadamente R$ 335 mil.
Os dois carros de luxo foram financiados pela Água Branca Participações Ltda. junto ao Bradesco Financiamentos. A empresa, sediada em São Paulo, está registrada em nome de Collor e da esposa dele, Caroline Serejo Medeiros Collor de Mello como uma holding de instituição não financeira.
A Ferrari vermelha é o modelo 458 Italia, ano 2010, modelo 2011. A Lamborghini apreendida é o modelo Aventador LP 700-4 Roadster, 2013/2014.
Segundo o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o relator da Lava-Jato no Supremo, ministro Luiz Edson Fachin, pediu prioridade porque, como o parlamentar tem 72 anos, os prazos de prescrição caem pela metade.