A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, que também já foi senadora por São Paulo - ambos os cargos pelo PT -, não acredita da viabilidade da terceira via e estuda apoiar a Lula na eleição presidencial de 2022.
"O que mais agrega e que mais bagagem e experiência tem, é o Lula. Não dá pra comparar com o restante. São boas pessoas, têm boas qualidades, mas nenhum tem a estatura do Lula. E principalmente o fator agregador, porque o brasileiro não aguenta mais baixaria e radicalismo", disse Marta à Veja.
Além disso, Marta também não acredita na viabilidade da terceira via. "Não vejo nenhuma possibilidade de terceira via e seria muito interessante que se começasse desde já a haver uma conversa sobre governabilidade", analisou.
Depois de mais de 30 anos de vida política - a maior parte no PT -, Marta afirma que não vai disputar cargo na eleição do ano que vem.
"Não estou me propondo mais a ter uma vida política tão ativa quanto já tive, mas sou uma pessoa da política. E me preocupo com os rumos do Brasil. O que posso fazer é, assim como apoiei o Bruno [Covas, eleito prefeito de São Paulo em 2020], é apoiar uma pessoa qu acho melhor, mas não partidariamente", revelou.
Marta: golpe e arrependimento
Marta Suplicy foi um importante nome na política brasileira, principalmente nas décadas de 1990 e 2000, quando abraçou as causas feministas e LGBT.
Todavia, em 2014 Marta deixou o PT e se filiou ao MDB. Além disso, apoiou o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016.
Após as eleições municipais de SP em 2016, ela se desfiliou do MDB e anunciou que faria militância política fora de partidos.
Desde então, tem se reaproximado de setores da esquerda e do PT.
Com informações da Veja