O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI do Genocídio, pretende aumentar para 75 o número de pessoas com pedido de indiciamento no relatório final da comissão. O parlamentar quer incluir mais 9 nomes, sendo três militares.
"Estou pedindo o indiciamento de mais 9 pessoas no relatório da CPI da COVID. Entre eles, o de [reverendo] Amilton Gomes de Paula (Caso Davati), o de Marcelo Bento Pires (Assessor do MS) e do Coronel Hélcio Bruno de Almeida (Instituto Força Brasil", disse Randolfe em seu perfil no Twitter. Em entrevista à GloboNews, o parlamentar disse que chegou aos nomes após fazer um pente fino nas sessões da CPI junto do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Segundo informações do portal Uol, o tenente-coronel Heitor Freire de Abreu, coordenador do centro de operações da Covid-19 do governo Bolsonaro, está entre os que serão incluídos e deve pesar contra ele as acusações mais duras: crime de epidemia e crime contra a humanidade. Ele será a 12ª pessoa a ser acusada pela CPI de crime contra a humanidade.
O presidente Jair Bolsonaro, o ministro Onyx Lorenzoni (Trabalho, ex-Cidadania), o ex-ministro Eduardo Pazuello, Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde conhecida como “Capitã Cloroquina” estão entre os 11 imputados nesse crime; confira aqui a lista completa.
O coronel da reserva Marcelo Bento Pires, ex-diretor do Ministério da Saúde, e o coronel Hélcio Bruno de Almeida, do Instituto Força Brasil, são outros dois militares que entraram na lista de indiciamentos. O reverendo Amilton Gomes será indiciado por estelionato e Hélio Angotti Neto, ex-secretário do Ministério da Saúde, por crime de epidemia.
Entre os 9 também estão os servidores Alex Leal Marinho, Thiago Fernandes da Costa e Regina Célia Oliveira e o executivo José Alves, da Vitamedic.