No Roda Viva, Alessandro Vieira minimiza divergências na CPI: "Relatório será aprovado por ampla maioria"

Segundo o senador, que apresentou "relatório paralelo" ao de Renan Calheiros, "a gravidade dos fatos é maior que qualquer divergência"; Fabiano Contarato vai na mesma linha: "As provas foram muito bem apuradas e eventuais discordâncias não vão interferir"

Fabiano Contarato e Alessandro Vieira no Roda Viva (Reprodução/TV Cultura)
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Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (18), os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano Contarato (Rede-ES) minimizaram supostas divergências entre membros da CPI às vésperas da leitura e votação do relatório final elaborado por Renan Calheiros (MDB-AL). A votação do relatório deve acontecer em 26 de outubro.

"Chegaremos ao final da CPI com relatório aprovado por ampla maioria. A gravidade dos fatos é maior que qualquer divergência", afirmou Vieira, que apresentou recentemente um "relatório paralelo" que contém menor número de indiciados que o relatório de Renan.

Segundo o senador do Cidadania, o relator "expandiu demais o leque, está misturando peixes grandes e pequenos". "Fiz uma sugestão de relatório para o Renan, aponto 18 pessoas (para indiciamento). Tinha um comando. Bolsonaro, Braga Netto, Pazuello... Eles queriam que os brasileiros se contaminassem de forma rápida pra que houvesse recuperação econômica, cometerem vários crimes. Isso está provado", declarou.

"Não se pode confundir a investigação do traficante com a investigação do aviãozinho. É um pouco isso que está acontecendo com o relatório do Renan. Mas eventuais falhas serão corrigidas", afirmou ainda Vieira. O senador pondera, contudo, que seu relatório servirá como uma "sugestão", e que não pretende "disputar votos" com o senador.

Já Contarato saiu em defesa de um relatório robusto que aponte o indiciamento de todos aqueles envolvidos no agravamento da pandemia no Brasil.

"Espero que esse relatório cite todos aqueles que atuaram para agravar a pandemia. Ninguém está acima da lei, nem militares e nem presidente da República", pontuou.

Assista abaixo à entrevista.

https://www.youtube.com/watch?v=FClHhLxtab4