Bolsonaro exonera Onyx e Tereza Cristina para votarem na eleição da Câmara

Ministros são deputados federais pelo DEM; medida faz parte de estratégia para garantir vitória do candidato do Planalto, Arthur Lira (PP-AL)

Tereza Cristina e Onyx Lorenzoni (Foto Montagem)
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Em mais uma medida para tentar influir na eleição para a presidência da Câmara, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) exonerou os ministros Onyx Lorenzoni (Cidadania) e Tereza Cristina (Agricultura) nesta sexta-feira (29). Os dois são deputados federais, eleitos pelo DEM.

Oficialmente, o DEM apoia Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

No entanto, parte do partido deve votar em Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo Planalto na disputa. As exonerações seguem nesse sentido: de que os dois ministros exonerados também votem em Lira.

As duas exonerações foram publicadas no Diário Oficial. A votação, que acontece nesta segunda-feira (1º), será secreta.

O Planalto quer garantir a vitória de Lira já no primeiro turno do pleito. Para isso, são necessários 257 votos. Para isso, o governo Bolsonaro está jogando pesado.

Denúncia

Nesta quinta-feira (28), o jornal O Estado de São Paulo revelou que o governo teria acertado a liberação de R$ 3 bilhões em obras a 285 deputados e senadores. A medida teria sido tomada para tentar atrair os votos desses parlamentares aos candidatos apoiados pelo Planalto nas duas casas – Lira na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado.

Diante da denúncia, o PSOL entrou com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Procuradoria Geral da República (PGR) contra a medida. Na visão do partido, o esquema pode ser enquadrado como prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de Influência, além de improbidade administrativa.

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