O deputado José Guimarães (PT-CE), líder da Minoria na Câmara Federal, classificou como “acinte” as notícias sobre os gastos descabidos do governo federal com alimentos, registrados em 2020.
“Como líder da Minoria, vou articular esforços para apurar todos esses delitos, e nada mais eficiente para investigar tais desmandos do que abrir o processo de impeachment de Bolsonaro”, declarou Guimarães.
Indignado, o deputado afirmou que se trata de mais um absurdo de “um presidente genocida e nefasto. Em plena pandemia, o governo federal esbanja recursos públicos na compra de leite condensado, goma de mascar e outras guloseimas. Só em 2020, foi gasto mais de R$ 1,8 bilhão, o que representa um aumento de 20% em relação a 2019”, destacou.
“É esse o país que não tem dinheiro para o auxílio emergencial? Imagine só quantos cilindros de oxigênio poderiam ter sido comprados para salvar vidas?”, questionou. “As prioridades desse governo são cruéis contra os mais pobres”.
Seis partidos da oposição ao governo Bolsonaro protocolaram, nesta quarta (27), um novo pedido de impeachment contra o presidente. Até agora, são 64 solicitações de afastamento, número maior do que as 56 medidas provisórias editadas por ele e aprovadas na Câmara até novembro de 2020.
Este pedido mais recente foi elaborado por PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT e Rede. O foco foi na gestão de Bolsonaro na saúde, em especial na pandemia e no colapso do setor em Manaus, por absoluto descaso do governo federal.
“Identificamos 15 crimes cometidos pelo presidente da República relacionados especialmente à pandemia, que é o foco deste pedido de impeachment. Ele está embasado em um direito supremo: a vida”, relatou Guimarães.
Tarefa
“Retirar Bolsonaro do poder está entre as grandes tarefas que temos para 2021. Junto a isso, lutaremos para garantir vacinação em massa e o retorno do auxílio emergencial”, acrescentou o líder da Minoria.
Para isso, o deputado já autenticou projeto para a retomada dos pagamentos de R$ 600. “Esperamos que, com o retorno das atividades parlamentares na semana que vem, o projeto seja votado o quanto antes”.