O caso que envolve o mandato para deputado federal do político Fernando Mineiro (PT-RN) é confuso, absurdo, mas parece que, finalmente, terá um final feliz, após ter tido dois anos de mandato “surrupiado”, conforme ele mesmo afirma.
“Volto para a Câmara para votar no Baleia Rossi (MDB). Estarei lá me somando aos parlamentares do campo progressista para votar contra o candidato do governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido) na mesa da Câmara”, disse Mineiro ao Fórum Café, apresentado por Plínio Teodoro e Cristina Coghi, nesta quinta-feira (28).
Para entender o imbróglio é preciso voltar às eleições de 2018. Na ocasião, o candidato a deputado federal, Kericlis Alves Ribeiro (PDT-RN), conhecido como Kerinho, foi eleito ilegalmente por permanecer vinculado a um cargo comissionado dentro de período vedado para pretensos candidatos.
A candidatura de Kerinho foi anulada, mas os seus votos foram contados no quociente eleitoral, o que levou seu colega de coligação, Beto Rosado (PP), ao cargo. Apenas agora, dois anos depois, a Corte do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte rejeitou, no dia 22 de janeiro, um pedido de registro de candidatura a deputado federal de Kericlis Alves Ribeiro, conhecido como Kerinho, nas eleições de 2018.
Com isso, os votos conferidos a Kerinho no pleito foram anulados. O recálculo do quociente leva Mineiro a ocupar a vaga de Beto Rosado.
O político, que teve 98 mil votos em 2018, – o terceiro mais votado no estado – afirmou ao Fórum Café que “se o caso fosse de outro partido e outro estado que tivesse mais atenção da imprensa, seria um dos maiores escândalos do processo eleitoral brasileiro”.
Mineiro disse ainda que embarca para Brasília nesta sexta-feira e que, se tudo der certo, deverá ser diplomado. Com isso, ele assumirá imediatamente os trabalhos na casa e poderá, inclusive, participar da votação da mesa.