O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, desembarcou na noite de sábado (23) em Manaus, por sugestão do Palácio do Planalto, como tentativa de diminuir o desgaste que ele vem sofrendo nas últimas semanas.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que o ministro "não tem voo de volta a Brasília" e que "ficará no Amazonas o tempo que for necessário".
O Planalto pretende também rebater discurso dos partidos de oposição de que o Poder Executivo não tem atuado de maneira efetiva no combate à doença.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada pelo procurador Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra Pazuello, em razão do colapso sanitário de Manaus, que ficou sem oxigênio para atender seus pacientes internados com Covid-19.
“Considerando que a possível intempestividade nas ações do representado, o qual tinha dever legal e possibilidade de agir para mitigar os resultados, pode caracterizar omissão passível de responsabilização cível, administrativa e/ou criminal, impõe-se o aprofundamento das investigações a fim de se obter elementos informativos robustos para a deflagração de eventual ação judicial”, diz trecho do pedido da PGR.
O pedido da PGR aumentou a pressão, sobretudo entre integrantes da cúpula militar, para que Pazuello deixe o comando da Saúde para não prejudicar a imagem das Forças Armadas.
Com informações da Folha